sábado, 21 de janeiro de 2012

(ZIFT) Vantagens e Desvantagens:

Vantagens:

v  A paciente poderá ir para casa em poucas horas.

Desvantagens:

v  Relativamente à FIV, a ZIFT tem a mesma ou menor taxa de sucesso, daí que esta técnica não seja das mais utilizadas;        

v  Relativamente à FIV, a ZIFT tem a mesma ou menor taxa de sucesso, daí que esta técnica não seja das mais utilizadas;        

v  Baixa percentagem de êxito e sobra de vários zigotos não colocados no corpo da mulher;

v  Tal como a GIFT, hoje está praticamente abandonada servindo para casos excepcionais, como na incapacidade de se colocar os embriões através do colo uterino. 

Esquematização da técnica ZIFT


Transferência intratubárica de zigotos (ZIFT):

Esta técnica é uma variante da GIFT.  É utilizado em casais cuja mulher tem um bloqueio das trompas de falópio, mas ovários e útero funcionais. Aumenta a taxa de sucesso da nidação.
Na ZIFT, após recolha e seleção de oócitos e espermatozóides, pelas mesmas técnicas da FIV, os gâmetas são postos em contacto in vitro, num meio de cultura adequado durante 18 a 24 horas. Após a fecundação, realiza-se uma laparoscopia e transfere-se o(s) zigoto(s) para as trompas de Falópio.
         A grande diferença da ZIFT em relação ao GIFT é que, na primeira, a fecundação realiza-se fora do corpo da mulher, enquanto na segunda, o encontro do óvulo com o espermatozóide, formando o embrião, ocorre nas trompas.

Transferência intratubárica de zigotos

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

(GIFT) Vantagens e Desvantagens:

Vantagens:
v  A paciente poderá ir para casa em poucas horas.
Desvantagens:
v  Baixa percentagem de êxito desta técnica, figurando entre 35 a 40 %;
v  Grande possibilidade de concepção de gémeos, pois recolhem-se vários óvulos, para se garantir alguma margem de sucesso.

(GIFT) Procedimento do processo:

1.      Tratamentos hormonais que visam a induzir o desenvolvimento e maturação folicular na mulher para obtenção de número máximo de oócitos II;
2.      Recolha dos oócitos da mulher através de laparoscopia,(exame endoscópico da cavidade abdominal através de uma pequena incisão na parede do abdómen), ao mesmo tempo que se recolhe o esperma do homem;
3.      Colocam-se os gâmetas numa cânula especial, para serem tratados e selecionados;
4.      Os oócitos e os espermatozóides são colocados no interior das trompas de Falópio, através de outra laparoscopia;
5.      Se tudo decorrer normalmente, os espermatozóides penetram num ou mais óvulos, formando-se o embrião. Este descerá das trompas até o útero, o que faz com que a concepção se produza integralmente no corpo da mulher.

Transferência intratubárica de gâmetas (GIFT):


É utilizado em casais cuja mulher tem um bloqueio das trompas de falópio, endometriose ou anomalias no muco cervical, mas que tenha ovários e útero funcionais; casais cujo homem possua esperma disfuncional; ou apenas infertilidade sem causa aparente.
Nesta técnica, os gâmetas são obtidos pelas mesmas técnicas utilizadas na fertilização in vitro e na microinjecção. O objetivo é assegurar a presença dos gâmetas no ambiente intratubário.


Transferência intratubárica de gâmetas

sábado, 14 de janeiro de 2012

(ICSI) Taxas de Sucesso:

As taxas de sucesso são variáveis, dependendo essencialmente da causa de infertilidade e da idade da mulher, ou seja, quanto mais complicado for o diagnóstico de infertilidade e quanto mais velha for a mulher, menor é a probabilidade do sucesso deste tratamento. Existem também reações adversas tais como calores, irritabilidade, cansaço, dores de cabeça, normalmente passam ao fim de algum tempo, não constituindo, por isso, motivo para alarme. Em algumas situações pode ocorrer o Sindroma de Hiperestimulação Ovárica, que consiste numa reação excessiva e perigosa aos medicamentos utilizados na estimulação, em que ocorre acumulação de fluidos e formação de quistos nos ovários. Os principais sintomas são dores pélvicas e/ou abdominais, náuseas, vómitos e falta de ar. Nos casos mais graves pode levar à interrupção do tratamento.

(ICSI) Ao ser iniciado o tratamento:

Ao ser iniciado o tratamento:
v  A mulher começa por ser submetida a tratamentos estimuladores da ovulação, que são administrados por via injetável, e irão proporcionar o desenvolvimento de mais do que um oócito. Este desenvolvimento é controlado através de realizações periódicas de ecografias e análises ao sangue.
v  Quando é verificado que os folículos estão suficientemente desenvolvidos é administrado na mulher a hormona HCG (gonadotrofina coriónica humana) que irá provocar a libertação dos oócitos a partir dos folículos.
v  É realizada a recolha dos oócitos (punção) que é feito através de um controlo ecográfico e consiste na introdução na vagina de uma agulha muito fina, sendo realizada sob sedação, durando cerca de 15 minutos.
v  Efetua-se a recolha de esperma, que será processado, obtendo-se assim, os melhores espermatozóides. Quando não é possível obter o esperma através do processo de masturbação, será realizada uma biopsia testicular para a recolha de espermatozóides diretamente dos testículos.
v  Os oócitos anteriormente recolhidos são transferidos para um meio de cultura e serão injetados com um espermatozóide cada.
v  Após fecundados, os óvulos são transferidos para outros meios de cultura dando origem a embriões.
v  Após dois a três dias após a fecundação, 2 a 3 embriões são colocados no útero para que se implantem e dêem origem a uma gravidez.


Processo de injeção intra-citoplasmática de espermatozóides

Injeção intra-citoplasmática de espermatozóides (ICSI):

A injeção intra-citoplasmática de espermatozóides consiste na injeção de um único núcleo de um espermatozóide no interior de um oócito, originando um embrião. Posteriormente, o embrião é transferido para a cavidade uterina. Este tipo de tratamento é utilizado em casos como:
v  Oligozoospermia grave (número de espermatozóides muito reduzido);
v  Concentrações elevados de anti-corpos anti-espermatozóides;
v  Ausência de fecundação em tentativas de fertilização in vitro;
v  Congelação de esperma em doentes com cancro;
v  Distúrbios de ejaculação;
v  Obstrução dos canais que participam no transporte de espermatozóides;
v  Homens que já fizeram vasectomia.

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

(IVF) Taxas de Sucesso e Riscos:

Taxas de sucesso:
            Num tratamento de FIV, as probabilidades de gravidez por transferência embrionária são, em média, cerca de 27 – 33%, dependendo de determinados fatores, tais como idade, qualidade do esperma, número e qualidade dos embriões. Além disso, uma gravidez nem sempre resulta no nascimento de uma criança. Um quarto das gravidezes termina num aborto espontâneo (15 - 20% do total) ou numa gravidez ectópica (1 - 5%)( quando o óvulo fecundado assenta fora do útero, ex: trompas, abdómen ou cervical).

Riscos:
As vantagens de qualquer procedimento médico devem ser ponderadas face aos possíveis efeitos secundários e riscos. O mesmo acontece com a fertilização in vitro (FIV).
Uma vez que o processo de FIV envolve várias fases, os efeitos secundários associados a cada fase podem variar.
1.     Os fármacos utilizados no tratamento de FIV podem causar, por exemplo, alterações de humor e dores de cabeça. Para além dos efeitos secundários, o uso destes fármacos também comporta alguns riscos. Dado que estes fármacos são utilizados para estimular os ovários a produzir vários oócitos, poderá verificar-se uma reacção excessiva dos ovários.
2.     Durante o período que se segue à punção, a função ovárica poderá estar ainda mais alterada e os ovários poderão libertar líquido para a cavidade abdominal. O líquido penetra no abdómen, podendo dar origem a perturbações gastrointestinais, dor no estômago, náuseas, vómitos, aumento considerável de peso (> 1 kg/dia), dificuldades respiratórias e diminuição de produção de urina (síndroma de hiperestimulação ovárica, SHO). Nos casos mais graves, o líquido pode acumular-se nos pulmões, causando problemas respiratórios.
3.     Embora os riscos associados à punção sejam reduzidos, podem ocorrer ocasionalmente hemorragias e, em casos muito raros, infecções. Os órgãos próximos dos ovários, tais como a bexiga e o intestino, raramente sofrem lesões durante a punção.
4.     Embora o trabalho com os oócitos, o esperma e os embriões seja realizado com o maior cuidado no laboratório, a FIV é, ainda assim, uma atividade humana e, como tal, está sujeita a erros. Felizmente, os erros humanos são muito raros.

5.     Risco de gravidez múltipla – Se forem transferidos mais de um embrião, a probabilidade de ter gémeos é de 26% e de ter trigémeos de 3%, razão pela qual os riscos de complicações resultantes de uma gravidez múltipla (tais como aborto espontâneo, parto prematuro ou diabetes) são minimizados na medida do possível.
6.     Embora um teste positivo de gravidez seja um sinal promissor de que o tratamento poderá ser bem sucedido, a gravidez pode correr mal, existindo 15-20% de hipóteses de aborto espontâneo e 1-5% de gravidez ectópica.
7.     Por último, o processo de FIV pode ser muito desgastante do ponto de vista psicológico. As pacientes devem procurar formas de reduzir o stress, nomeadamente mantendo um estilo de vida saudável, utilizando técnicas de relaxamento e procurando a ajuda e o apoio de familiares e profissionais.

Processo de fertilização in vitro

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Fases da Fertilização In Vitro:


v  Fase 1: Estimulação ovárica, monitorização e desencadeamento da ovulação – nesta fase ter um número maior de oócitos maduros disponíveis para fertilização aumenta as probabilidades de obter uma gravidez, uma vez que o corpo da mulher normalmente liberta apenas um oócito maduro a cada mês, as medicações hormonais são usadas para estimular os ovários a desenvolver mais folículos ováricos. As medicações administradas também controlam o momento em que deve ocorrer a ovulação para tornar mais fácil recuperar os oócitos. Para monitorizar o decorrer de toda esta fase, o médico utiliza a ecógrafia, de modo a obter imagens dos ovários e monitorizar o número e o tamanho dos folículos em maturação, são utilizados também testes sanguíneos, pois estes dão-nos informação sobre os níveis de hormonas, ajudando a determinar o melhor momento para administrar a medicação e o tempo em que se deve fazer a recuperação do oócito.  


v  Fase 2: Extração do Oócito assim que a estimulação ovárica está concluída e os folículos quase amadurecidos, a ovulação é induzida artificialmente através de uma injecção de gonadotropina coriónica humana (HCG), esta injecção estimula a fase final do processo de maturação dos oócitos, que são então expelidos pelos folículos. Os oócitos são extraídos através de uma punção aspirativa (punção ovárica) 36 horas após a injeção, monitorizada através de uma ecografia. Este processo demora cerca de cinco a dez minutos, dependendo, entre outros fatores, do número e da posição dos folículos A recuperação dos óvulos é realizada sob anestesia local. O fluido é imediatamente examinado ao microscópio para ver se foi recuperado um oócito. O processo é repetido para cada folículo em ambos os ovários. Todos os oócitos recuperados são removidos do fluido folicular e colocados numa incubadora. O tratamento com progesterona vaginal é iniciado na noite após a recuperação para ajudar a preparar a camada de revestimento uterino que vai receber o óvulo.  

Extração de Oócitos


v  Fases 3: Fertilização - Cerca de duas horas antes dos oócitos serem recuperados, uma amostra de sémen é colhida do parceiro masculino e processada para seleccionar os espermatozóides mais fortes e mais ativos, com recurso a uma solução nutritiva (espermograma). Os espermatozóides são então colocados juntamente com os oócitos numa incubadora para mantê-los à mesma temperatura que a do corpo da mulher. No dia seguinte, os oócitos são examinados ao microscópio para determinar se a fertilização ocorreu. Se ela tiver acontecido, os embriões resultantes estarão prontos para transferência para o útero em cerca de 72 horas.
v  Fase 4: Transferência do embrião - os embriões são colocados num tubo e transferidos para o útero. O número de embriões transferidos depende da idade da mulher, da causa da infertilidade, história de gravidez e outros fatores. Se existirem embriões adicionais que apresentem qualidade excepcional, poderão ser congelados para utilização posterior, desde que sejam cumpridos os critérios das normas para congelação (criopreservação). A transferência de embrião não é um procedimento complicado e pode ser realizada sem anestesia.

Transferência dos embriões


Fertilização in vitro (IVF):

            A fertilização in vitro é uma técnica que consiste na união, em laboratório, dos gâmetas masculino e feminino, em condições controladas, nomeadamente a 37ºC e em condições de assepsia (condições de higiene).
            Este processo de fertilização artificial foi o primeiro procedimento de ART e ainda é o mais geralmente usado.
É um procedimento muito exigente do ponto de vista emocional, físico e financeiro. Em regra, os casais só podem recorrer à FIV nos casos em que as intervenções cirúrgicas, as terapêuticas farmacológicas e a inseminação intra-uterina não forem bem sucedidas. Antigamente, apenas podiam recorrer à FIV os casais cujos problemas de fertilidade resultassem de uma obstrução das trompas de Falópio. Hoje em dia, porém, a FIV é também admissível em casais afectados por endometriose, infertilidade masculina grave e infertilidade inexplicada de longo prazo.
Como sabemos, é importante não subestimar as dificuldades que é necessário enfrentar ao longo do tratamento de FIV. Porém, se o casal estiver preparado e falar aberta e honestamente sobre o assunto, o tratamento será muito mais fácil, independentemente do seu resultado final.
Durante um ciclo de FIV, os óvulos e espermatozóides são colhidos e colocados juntos numa placa de laboratório para fertilização. Geralmente são utilizados medicamentos hormonais para ajudar a estimular o desenvolvimento de tantos óvulos quanto possível. Se os óvulos são fertilizados com sucesso em laboratório, estes são transferidos para o interior do útero da mulher. Idealmente, um dos óvulos fertilizados irá implantar-se e desenvolver-se, exatamente como numa gravidez de rotina.

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Indução Hormonal:



           A Indução Hormonal é efetuada com comprimidos ou com injecções subcutâneas de gonadotrofinas. A indução da ovulação é recomendada a casais jovens, que estão há pouco tempo a tentar engravidar, sendo também aconselhável a mulheres que têm ciclos menstruais irregulares. É fundamental confirmar que o espermograma é normal e que as trompas estejam desobstruídas.
           As taxas de sucesso da indução da ovulação são baixas por cada tratamento, mas como é um tratamento fácil e económico, pode-se efetuar durante algum tempo, por exemplo em casais jovens que não tenham outros problemas de infertilidade. A indução da ovulação é um elemento fundamental de vários tratamentos de infertilidade. Os fármacos indutores da ovulação são frequentemente utilizados, isoladamente ou em combinação com outros tratamentos de estimulação da fertilidade (estimulação ovárica), para estimular a maturação de um maior número de folículos e, desta forma, aumentar o número de óvulos libertados para posterior utilização em técnicas de procriação medicamente assistida. O crescimento folicular pode ser monitorizado por ecografias sequenciadas.

Sequenciação do processo de Inseminação Artificial:


O processo sequencia-se do seguinte modo:

v  Indução da ovulação por estimulação hormonal da mulher, em que é possível ocorrer o desenvolvimento de vários oócitos;

v  Recolha de esperma do homem (por métodos cirúrgicos / masturbação) nas duas horas anteriores à inseminação;

v  Processamento do esperma no laboratório (os espermatozóides são separados dos outros componentes ejaculados e são concentrados num pequeno volume, composto por os mais móveis e saudáveis);

v  O processamento do esperma permite separar os espermatozóides que contêm o cromossoma X e Y, o que possibilita a escolha do sexo do filho;

v  Os espermatozóides são colocados na cavidade uterina, usando um cateter fino e suave.

Estudos científicos têm demonstrado um aumento de gravidezes múltiplas:

Percentagem de gravidezes múltiplas

Inseminação Artificial (IUI):

A inseminação artificial é uma técnica de reprodução medicamente assistida na qual se depositam espermatozóides no interior do útero. Os espermatozóides ao serem colocados diretamente no útero têm apenas de se deslocar até às trompas de Falópio para fecundarem o gâmeta feminino. Estes ao serem colocados num meio menos adverso aumentam a probabilidade da ocorrência de uma gravidez, pelo que esta técnica é aplicada nas seguintes situações de infertilidade:

v  Problemas ao nível do esperma (diminuição da quantidade e/ou mobilidade dos espermatozóides);

v  Incompatibilidade do esperma e o muco cervical;

v  Incapacidade de o homem ejacular na vagina, por motivos psicológicos, de impotência.